Virtualogia

Fundador do Second Life está criando novo metaverso

O projeto tem como principal objetivo proporcionar uma imersão total aos avatares, utilizando novos devices que complementam a experiência e amplia os sentidos como o Oculus Rift, o Kinect e joysticks como o Razer Hydra. A criação é de Philip Rosedale, o cérebro por trás do Second Life e fundador da Linden Lab , deixou a empresa e criou em 2013 a High Fidelity. Ele é um conceito totalmente novo de ambiente 3D.

O pouco que já foi mostrado deixa claro que a equipe está focada no desafio de transmitir o máximo de realismo trabalhando conceitos de captura de feições humanas e movimentos dos braços e cabeça. Abaixo, você pode conferir um vídeo demonstrando as intenções do metaverso com o próprio Philip no evento Virtual Reality Los Angeles, que aconteceu em abril.

O ambiente vai ser “open-source”, e segundo Rosedale, conta desde o começo com a colaboração de produtores de conteúdo 3D para a construção de ambientes e objetos de interação com os avatares. Profissionais com habilidades em Blender, 3DS Max e Maya, por exemplo.

O que aconteceu com o Second Life

Em 2006, a Internet viveu o boom do Second Life, o metaverso que foi uma promessa de imersão total no mundo 3D. Houve uma verdadeira “corrida do ouro” das empresas que buscaram garantir o pioneirismo no simulador. A primeira concessionária, o primeiro banco, a primeira empresa de telefonia móvel.

Algumas empresas arriscaram investir no Second Life (Foto: Reprodução)

O fenômeno aconteceu inclusive no Brasil, e foi muito explorado pela grande mídia. Mas aproximadamente 1 ano depois, a “bolha” do Second Life estourou.

O metaverso da Linden Lab, que contava com um sistema monetário e uma rede de servidores próprios que hospedavam ilhas virtuais, ainda existe, e conta com um público estável. Sua economia ainda funciona entre os produtores de serviços e conteúdo 3D e seus consumidores, mas de longe não cumpriu com as expectativas dos mais otimistas, contando hoje com poucos frequentadores assíduos e um público que pode se resumir em curiosos e pessoas que logam conversarem com outros avatares espalhados pelo mundo, como se fosse um serviço de bate-papo 3D, pouco aproveitando do ambiente ao redor.

Basta entrar e dar uma volta por alguns minutos pelo grid para presenciar diversos terrenos abandonados, e alguns desses poucos usuários que viraram habitués das ilhas que insistiram mais por serem referência como ponto de encontro do que qualquer outro motivo que vise um mínimo de lucro, como foi no passado.

High Fidelity, o metaverso que promete uma imersão inédita com dispositivos imersivos como Leap Motion, Oculus Rift e Kinect (Foto: Divulgação)

Não existe data oficial de lançamento para a High Fidelity, e o projeto está em fase closed alpha. No entanto, os entusiastas dos metaversos podem se cadastrar para tentar uma vaga no site oficial.